porque te esquecer se faz impossível

no primeiro dia foi encontro do olhar, direto e penetrante.
no segundo, trocamos bilhetes, números apenas.
já no terceiro dia, tocamo-nos. carícia rápida na mesa do bar.
no quarto dia foi paixão, carne na carne, uma só alma.
para no quinto dia, tu tão superior para eu me sentir pequeno.
no sexto dia, o telefone a tocar. deixe seu recado.
foi no sétimo dia; compreendi os sinais. dor e distância.
agora, no novo dia, amigos? não, por ora, não.
ainda te guardo no meu olhar.