sobre ti pousei
meu irriquieto olhar
e vi tantos defeitos,
ó brilhante espelho.
tu, os espinhos.
eu, a flor.
e assim, imagem inversa,
continuei minha lida,
construi castelos,
escalei montanhas,
sentei-me a beira do mar.
vivi minha aparente vida,
ilusão de sentidos,
alheio que os espinhos
só protegem o botão,
e não machucam a rosa.
diga-me, ó outro eu,
és espinho ou espelho?!