tombado, ousastes tornar-te
botão em meu jardim.
como desafias, indómil guerreiro,
tornar-te destino em terras
em que a vez, sempre,
a altivos e fortes pertence?
como podes ser promessa
de um dia rosa,
curvado ao chão,
quebrado ao meio?
não podes.
não deves.
ficas somente pra que outros temam
diante de tão eloquente e tão generoso.
és-me pra sempre devedor.
como ousas?
destruir o seguro, inflamar de sol,
os que destinados às sombras?
este jardim tem dono.
este chão não te pertence.
vai ser luz, galho quebrado,
em outro lugar.