e se colherem todas as rosas do meu jardim?

sinto o tremor do rosto
e o queimor das mãos,
retorcidos...
nuca gélida, suor.

temer o medo é morrer,
vencer o medo é coragem.

jaz em sepulcro insepulto
quem busca a paz da omissão;
guerreiro valente quem
escala, mesmo covarde,
os píncaros  do estar com.

mãos embalando o sujo cobertor,
filha do descaso, abraço protetor.
roubaram-te o corpo, mercado,
resta-te sonhos, ainda que incompreensíveis.

sim vou falar de flores, montanhas e sol.
novela das seis, das sete e das nove.
afinal se rocinha pacificada,
que importa hevéltia e luz?

sinta o perfume da rosa...