silêncio

Mesmo no muito fazer,
e mais ainda no muito falar,
dentro de mim ora se faz silêncio.
Silêncio passado: por quê? como? quem?
Silêncio presente: o quê? para quem? de que forma?
Silêncio futuro: até quando? é possível? será el@?
Brotado numa única certeza: agora sou assim!
Novidade foi acrescentada na minha vida: boa ou má notícia,
-o que importa?!- faz parte de mim, tornou-se eu.
E no silêncio que grita dentro de mim, sou gestado e me gesto
e histórias indesejadas se fazem única interrogação.
E assim vou me descortinando, na noite insone,
no meu mistério, na minha busca, no medo de mim próprio.
E quando me abandono na inquietação silenciosa da noite,
descubro a beleza inexorável de uma estrela que brilha
- talvez uma lágrima ou mesmo um astro -
indicando o norte, iluminando o caminho.
Fazendo-se passado, presente e futuro
e plenificando o vazio do existir por existir.