coisa-boa
Naquela madrugada,
tendo por testemunha o silêncio,
a muito chorou.
Foi compulsivo.
Em seus braços, com carinho, Ael.
No pranto, a lançar preciosa semente,
depositou-o na terra.
Acendeu velas.
Iluminou escuridão.
Ajeitou nas mãos feridas a viola.
Aos pés, um vaso de amor-perfeito.
Talhou em pedra, pra sempre:
a-ama-a
eterno, porque dura.
Deixou a câmara,
lençóis envoltos, revoltos,
pedra rolada.
Dourando manacá da serra, o sol nascia.