Já jiló, couve, repolho e quaisquer outras folhas refogadas... odeio. Certo que odiar não é apropriado para um cristão, mas como desconfio que estes alimentos - assim como o caviar, patê de fígado e peixe ensopado - são do diabo. Então, creio que não irei para o inferno por causa deste sentimento.
No meu entender, há outras comidas divinas e outras, desconfio, do coisa-ruim. Algumas delas até tenho certeza.
Pudim de leite é de Deus. Crème Brulée, do diabo!
Pão caseiro, recém saído do forno, com manteiga cremosa é de Deus. O pão francês da padaria perto de casa só pode ter sido “ele” quem amassou.
Sopa de milho, com galinha e queijo derretendo, hum... deve ser a preferida do Eterno; mas sopa com pé de galinha, abobrinha ou outros legumes e, ainda por cima, gordurosa... nheque... adivinha de quem é? Nhoque é divino, mas não posso dizer o mesmo do hambúrguer.
Minestra agora é de Deus. Quando eu era criança, era do diabo.
Arroz com ovo frito é servido no paraíso; já carne grelhada e sem gordura, principalmente peito de frango, só pode ser iguaria lá de baixo.
Mortadela e churrasquinho de gato, obrigam-me a dizer que são do diabo, mas suspeito que sejam de Deus.
De Deus: salada bem temperada, torresmo, salame, lasanha, camarão ao bafo ou na moranga, tutu à mineira, bobó de camarão, lombo de porco, picanha ao óleo e alho, alcatra, massa al dente, pastel japonês em feira, torta de morango, doce de abóbora, rocambole, qualquer pavê, sorvete italiano e, óbvio, o manjar dos deuses .
Do diabo: salada sem tempero, arroz sem sal, pizza de camarão ou de escarola, batata ensopada com ou sem carne moída, todas as comidas de avião, fibras, sagú, salada de frutas, tempurá de sorvete e, claro, o quiabo.
Não sei porque, mas tudo que minha nutricionista proíbe é de Deus; já o que é prescrito na minha dieta é do diabo!
(Que tal enviar a sua lista?)