As ruas, as praças e as casas tomam formas, distinguem-se das luzes.
Lágrimas, lentas e suaves, rolam nas faces.
Pouso! multidão...
Rostos amados se desvelam, se revelam.
Voltei. É tarde, mesmo sendo anoitecer.
Mas, o motivo de minha volta aí não está. Partiu...
Não voltará...
Falam-me da alegria e do orgulho do filho ausente,
na terra querida do além-mar.
Luogo sonhado, ausente e sempre presente,
origene da melancolia das últimas gerações.
Saudade... nostalgia...
Elas agora são abundantes.
Lavam o rosto, oprimem a alma.
Doloridas pelas rosas, ensaiadas, não entregues;
pelas palavras, articuladas e não ditas.
Oh! viajante nunca saído de teu torrão natal,
és agora caminhante da eternidade.
Restam-me as lágrimas, as rosas e o silêncio das palavras agora ditas, bem-ditas no vazio do coração. Malditas!
Não houve tempo para o meu chego, nem para o meu achego
e muito menos pro meu aconchego.
Oh! Deus. Adeus!
Possa eu, finalmente, ser repouso em paz!